2 de julho de 2007

ConVicções _ PoRquê CamuFlá-las?

As nossas convicções nem sempre produzem o efeito positivo que podiam e deviam produzir. Passo a explicar. Desde que nos propomos a emitir uma verdade de acordo com as nossas convicções damos e ficamos com a impressão de estarmos ser retóricos. Como é que hoje não poucas verdades, proferidas que sejam, por vezes, em tom patético, imediatamente ganham aspectos retóricos? Porque é que cada vez há mais a necessidade, quando pretendemos dizer a verdade, de recorrer ao humor, à ironia, à sátira? Porquê adoçar a verdade como se de uma comida amarga se tratasse? Numa palavra, porquê um certo ar de astuciosa condescendência? O homem de bem não tem de envergonhar-se das suas convicções, mesmo que estas se manifestem sob a forma de retórica, sobretudo se está certo delas.
Com isto não pretendo desvalorizar o humor, a sátira, a ironia, mas, pelo contrário, pretendo chamar a atenção para a necessidade de se valorizar a verdade, tal qual ela é, e as nossas convicções positivas que podem contribuir para melhorar o mundo que, sem dúvida, anda maluco. Pretendo ainda, modestamente, enaltecer este blog e quem nele trabalha, bem como todos aqueles que cá deixam comentários, porque, sem medo e sem camuflagens, expressam as suas convicções.

1 comentário:

Manel disse...

Muito obrigado pela modesta parte que me toca, jorginho!
Acho que tens toda a razão! Não devemos camuflar ou adocicar a verdade, como se fosse mau dizê-la!
O problema é outro: o que é a verdade? "Quid est veritas?"
São os valores humanos, sempre defendidos pela filosofia, pela prudência, pela fé...? São os gostos do mundo_maluco? O que é?

Penso que a sátira é uma forma de quebrar as fronteiras e convicções, é um estratagema fazer espíritos susceptíveis uma verdade. É a técnica do administrador iniquo! Por isso é que tem tanta saída, porque esse é o unico caminho aceite!

É que a verdade crua já não convence! Vivemos na fantasia, e com fantasia se responde!

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