8 de julho de 2007

A gRaTuiTIdAdE dO oBriGaDo


2ª Teoria do Charneca

As aventuras do «Charneca» são interessantes o suficiente para deixarem qualquer um a pensar… Dizem… Ele “raciocina de forma diferente”.
Desta vês é sábado e é ele a comprar o jornal lá para casa, quem diz jornais diz também a sua Super Interessante, que mensalmente lhe alimenta o “cientista louco” que há nele.
Sai de casa, desce as escadas, fecha a porta do prédio, espreguiça-se, coloca as mãos no bolso… enfim, um exercício matinal que já é hábito; tão hábito que o senhor do quiosque (o Sr. Rogério) já tem preparado para ele toda a mercadoria. Mas… Quem lá está? A sua miúda, dito na linguagem da gíria. É Clarinha!
Enquanto se aproxima, repara que ela esboça um sorriso logo depois de pagar a revista que comprou. Era um obrigado manifestado com ternura e profunda gratidão. E ao que parece o Gustavo nunca tinha pensado no valor daquele obrigado… um sorriso que provocava no receptor um também.
- Aquela manifestação de afecto que ela manifestou ao senhor do quiosque – pensa para si – é o gesto mais gratuito que há. Não tem qualquer preço, porque o sorriso de um obrigado ultrapassa qualquer tesouro e é compreendido em qualquer parte do mundo.
De repente, também ele é apanhado por esse sorriso… do qual o seu «olá, bom dia Clarinha!» é infinitamente inferior.

… [de novo reticências]

Ao voltar a casa, que coisa… parece que tem andado distraído estes anos todos sem reparar nos “smile’s” das pessoas ao agradecerem. É que ninguém lhes paga para fazerem esse ritual. E é uma sensação deveras reconfortante. Desembrutece os nossos sentimentos e elimina rostos carrancudos ou simplesmente cansados do mesmo gesto de cada dia.
À medida que ia pensando nessa questão, chega a casa, coloca o jornal na mesa à frente do sofá da sala, onde o pai dentro de 15 minutos o vai folhear. E conclui:
- É um tesouro que não pertence ao gananciosos. Pois só faz sentido quando ele é dirigido a alguém. Tem de ser para os outros. O sorriso não fica aprisionado na caixinha dos sentimentos, mas dá-se incondicionalmente.
Para um dia de sábado já não é pouco!!!

2 comentários:

Manel disse...

Aristóteles dizia que o sorriso é o que distingue o homem do resto da bicharada!
Esta história faz-me lembrar a que o Pe. John Powell conta no Livro"porque tenho medo de amar?", aquela do vendedor resmungão!..
Muito bem!... Só te faltou falar dos diversos tipos de sorriso (cúmplice, apaixonado, tímido, revelador, reprovador, divertido, gargalhada) e dos seus melhores substitutos nas alturas em que não se pode, ou não se deve, (so)rir (abraço, piscar de olho...).
Mas de certeza que o Charneca vai ter tempo para descobrir isso tudo nas próximas teorias!

Anónimo disse...

Sempre pensei muito no poder de um sorriso. Provavelmente porque estou sempre a sorrir!!!:)
Sorrir sempre ouvi dizer que faz bem à saúde, mas principalmente desde cedo descobri o poder que tinha nos outros. Como devemos seguir o que os mais sábios dizem:
Minha gente vamos a sorrir!!!...
Apesar de só hoje o ter conhecido,gostei muito deste rapaz (o Charneca) espero ouvir falar mais dele.
Parabéns pelo vosso "cantinho".

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