20 de fevereiro de 2008

"a dEVIda coméDia..."



A educação é um tema recorrente neste MunDo_MalUCo…

Ainda agora li um pequeno, mas muito pertinente, artigo publicado na revista VISÃO Online, que alguém teve a amabilidade de enviar.

O título do Artigo é “A Devida Comédia” e o autor Miguel Carvalho. Cito apenas um ou dois parágrafos:

«A criancinha quer Playstation. A gente dá. A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.»

«A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são “uma seca”.»

«Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.» Mas – pergunto eu - que projecto de homem ou mulher? E será bom esse projecto?

Bom, temos aqui extremos, é verdade. Mas é pelos extremos que se compreende aonde nos levam alguns meios que vamos percorrendo calmamente.

Já antes tive oportunidade de malhar nos Morangos com Açúcar, e na cultura muito superficial dos nossos dias. Infelizmente a minha voz não passa de uma voz comum e, mesmo que chegasse à TVI, tudo continuaria na mesma à conta do senhor CAPITAL (papel, chelin – como dizem as “criancinhas”). Por isso, desta vez decidi ir consultar vozes mais autorizadas do que a minha, e dar-lhes expressão neste espaço.

Ora em matéria de educação, essa voz foi, o meu pai. Sei que é uma escolha ousada, já tinha escrito um longo parágrafo para a justificar, mas ficava um pouco fora do tema, por isso apaguei-o. De qualquer forma foi o meu, mas podia ser o teu; desde que, na tua educação, tenha cumprido dois ou três requisitos como: deixar-te brincar na rua, não te comprar mais do que uma pequena Sega Saturn com meia dúzia de disquetes; ter-te dado bons tabefes e ter-te mostrado cara feia quando merecias.

Perguntei-lhe simplesmente se ele concordava com os castigos e reguadas na escola. Ele disse: - sim. Um sim seco.

Eu protestei (com 20 anos, já tenho esse direito) de mansinho: - mas não acha normal que as crianças queiram experimentar o mundo, fazer novas experiências, testar limites, satisfazer as curiosidades que uma proibição suscita? Acha que as crianças deviam todas ser como robôs mecanizados, que obedecem simplesmente a um conjunto de ordens e desejos paternos?

E ele respondeu: - claro que não! É obvio que acho normal as crianças fazerem asneiras, partir cabeças, andar à porrada, berrar, esmagar coisas, etc., etc. A vida não teria piada se assim não fosse. Tu nem imaginas o que eu e a mãe ríamos com as asneiras (de asno – burro!) que tu e a tua irmã faziam! Com as vossas mentirinhas para não serem castigados, com as artimanhas que inventavam para não ir deitar.

- Mas mesmo assim castigava-nos – disse eu.

- Pois claro. – continuou. – Porque, mais normal ainda do que as criancices de infância, é o castigo que recebem pelos erros cometidos. Isso é uma parte fundamental da educação. Não me importava nada que vocês comecem todos os iogurtes que nós comprávamos para vós, até vos faziam bem… Mas eu não podia deixar de te fazer notar que na vida não se pode “comer” sempre os “iogurtes” todos de uma vez.

Dito isto, pus-me a pensar e vi que ele, os meus avós, os bisavós, e por aí adiante, tinham toda a razão nos propósitos com que nos castigavam…

Senhores pais, por favor, pensem também nisto. E não deixem que os vossos rebeldes rebentos se tornem selvagens.


16 de fevereiro de 2008

A cRIaçÃo doS aniMais...

Porque rir não faz mal a ninguém, e até costuma afiar os espíritos para a reflexão, fica aqui um fabuloso momento do humor:


Sei que é um promenor, mas repararam na sorte de quem queria ser temido, poderoso, etc? Utérérê...

[o original encontra-se em www.osvigaristas.com.br]