31 de julho de 2007

QuEm cONta uM coNTo, aCresCEntA Um PonTo




3ª Teoria


Um passeio até ao jardim da Praça Central sabe muito bem, sobretudo se os termómetros estiverem acima da linha do horizonte. As arvores fazem cá uma sombrinha… Tem tantos plátanos tantos «velhos no banco de jardim».
Para espanto do Gustavo, e entre pessoas conhecias e desconhecidas, a andar e sentadas, estava um desses «velhotes» como a «juventude» chama. Está sentado num banco, aquele que fica perto do chafariz. Charneca sempre achou aquele sítio o mais fresco de entre todo o parque, e o tio Luís como já sabia disso já lá estava a guardar lugar.
O «Ti Luís» para ele é um grande poço de sabedoria, aliás, ele desconfia que seja um poço sem fundo, porque sempre que a conversa entre ambos acabava era porque o Charneca tinha de ir-se embora. Ele não tinha todo o tempo do mundo ao contrário do tio, mas até que gostava muito de o ouvir, devido à grande capacidade de dramatização ao contar uma história. Quase que se lhe podia chamar o Homero do banco de jardim…

… [novamente reticências]

Desde o início da tarde que o tio Luís desbobinava as melindrosas histórias. É incrível como para ele tudo tem uma lógica. O Charneca delicia-se com a narração das lendas vivas que são os episódios da vida do tio. Os seus tempos de infância são sempre qualquer coisa de épico. Será que o tio não coloca uns adjectivos a mais? – Pensa.
Depois das despedidas, a Charneca vai sempre a pensar no que ouviu. Risse e pensa. E muitas vezes acha que o tio gosta de eternizar a sua história. É um pedaço de si que não vai para a cova. Afinal, ele faz aquilo que todas as civilizações fizerem: memórias… porque é-se mais forte e poderoso quanto mais se falar da nossa identidade. Então, todos nós buscamos um pouco de eternidade. E a vulgaridade por si só não chega, tem de haver um pouco de mito na nossa história. Fica mais fixe!... – Diz para si enquanto abre a porta de casa. Fecha a porta mas não esquece o que o dia lhe proporcionou.

a TeRNUra dA Noite

«É bom pensar... sentir a presença das nossas memórias, das nossas recordações que parecem tão próximas apesar da distância dos anos. Muitas vezes, ou quase sempre, o recordar implica uma ausência, algo que falta e que, porque queremos que esteja connosco, levamo-lo para aquele sítio especial.
Muitas vezes eu recordo momentos, sensações, pessoas não porque estou só ou carente mas porque são algo de muito precioso para mim. Gosto desses momentos: à noite, na varanda, sentindo o fresco da noite, depois de um dia de calor intenso, como que a renovar a frescura da vida que tantas vezes se parece desgastar ou enfraquecer.
Ao recordar, sentindo a frescura que nos invade, sinto também um calorzinho intenso muito querido e reconfortante no meu interior. As palavras não expressam nada do que se sente, fica-se apenas (e já é muito) pelo sentir, deixando que nos invada e nos tome por completo. Depois de longos trabalhos, de preocupações que absorvem a nossa atenção, a noite une todo o nosso dia, todas as nossas pequenas ocupações, tudo o que se foi deixando aqui e ali, disperso e confuso.Tudo é importante no quadro que se pretende pintar. Tal como os espaços vazios, também os pretos contribuem para uma harmonia que se percebe quando nos propomos ver de longe. E isso é difícil, implica que fiquemos expostos, sem preconceitos ou medos... apenas nós mesmos e os nossos olhos.»


[pequeno extrato]

28 de julho de 2007

[cOntiNuaçÃO]


E no alto mar
Durante noites longas de tempestade
O nobre marinheiro
Agarrou o leme com a vida
E com o espírito de Portugal.

Enquanto no porto seguro se reza e se contempla o mar
Na esperança de ver, no horizonte,
A nau venturosa que um dia partiu
No mar alto, longe de qualquer terra
Mergulhados no azul profundo
Do céu e do mar
Os ilustres cavaleiros do Reino
Lutam continuamente por um ideal
E sobretudo por cada família que os viu partir.

Coragem, meu povo!
O Mar venceu mas não nos vencerá
O nosso desejo de encontrar a terra
Que nos fala de riqueza, de vida, de segurança, do mar.
Cada um de nós
Ao colocar os pés na terra firme
Falará a todos do mar
O Mar que desafia e fascina quem o contempla de terra
Mas que faz temer quem o enfrenta corpo a corpo
No seu mundo.
Ao chegarmos à terra
Chegados a nossas casas, aos braços de quem amamos
Saibamos que não é aí o nosso lugar
Somos do Mar, cavaleiros sem seguranças
Sem castelos indestrutíveis.
Somos nós mesmos, de espírito nobre de sangue português.

Sim à Liberdade e à força humana que se mostra pela vida
Sem rochas polidas ou amontoadas.

23 de julho de 2007

onTeM POrtuGal!

(Foi tirada por mim)

Só um grande povo, com grandes ideais,
Coloca no céu o limite das suas aspirações.
O desejo de descobrir, de conhecer é tipicamente português.

O Português tem o céu no coração
As mãos criadoras na terra
Enchendo-a com o suor do seu trabalho
E tem os olhos no mar
No qual, um dia pensou poder conquistar o céu.

Por ele lutou, mostrando que ser português
É ser um guerreiro sonhador em busca do limite
Que quer conquistar,
Para o fazer seu e de quantos por ele lutaram.


13 de julho de 2007

AMAnheCeR!


«Que lindo dia está hoje!» Foram estas as minhas primeiras palavras enquanto abria os cortinados da varanda que dava para o bosque: o Sol entrou de imediato, enchendo tudo com a sua presença, convidando todos para a festa que é a Vida. Estas palavras foram a minha verdadeira, porque espontâneas, oração da manhã.
Ficando por momentos, absorvido em todo o real, que pode ser imaginário, a saborear tudo como se fosse a primeira vez que percebia a sua existência, a deixar o sol aquecer o meu corpo suado (foi quente a noite passada, a mais quente do ano, diziam os entendidos e o meu corpo confirmava), fui interrompido pelo barulho inoportuno do meu despertador. Hoje tinha acordado primeiro. Sim, fui acordado por algo especial que não provem de um som exterior, (quase sempre despropositado, o malvado) mas de um desejo melodioso que faz uma harmonia perfeita entre o sonho e a realidade.

«Que óptimo dia para dar um passeio!» Em poucas palavras, sem grande actividade intelectual, fiz um propósito para o meu dia muito especial. Mais que um propósito, podia ser o ideal de uma vida, mas por enquanto era apenas o propósito do meu dia.
Dias especiais, propósitos especiais exigem uma companhia especial. E assim foi… Preparei o meu pequeno saco de passeio, alias já estava preparado desde ontem, ou melhor, desde a semana passada. Não… Já nem me recordava de quando o havia preparado, mas o importante é que estava pronto.
Tinha quase tudo pronto da minha parte, faltava apenas aquela companhia especial, esta também tinha, em certa medida, de ser eu a preparar. Tinha de lhe dar um nome especial, um espaço onde a aconchegar, um tempo que me possibilitasse tudo isso. No fundo, sabia quem era a companhia especial e não hesitei em ir, acompanhando a luz que ainda desbravava por entre a escuridão do lado oposto ao meu quarto.Era bonito ver ao longe, no fundo do pequeno vale, onde começava a cidade, a quase escuridão, parecia que tudo ainda dormia, e atrás de mim, ao meu lado agora já à minha frente uma forte luz que avançava suave. Decidi dar uma pequena corria…


Então cheguei, bati à porta e logo depois a luz chegou… Nem tenho a certeza se foi depois ou ao mesmo tempo… Sei que não foi antes!

11 de julho de 2007

as MinHAs varANdas!


Todas as manhãs me sento a tomar o meu café na varanda da minha casa que dá para o bosque. Dizem-me os meus amigos: "Tão certo como o sol raiar, todas as manhãs te vemos na varanda quando vamos trabalhar!"
Tenho sorte de ter uma casa onde de manhã vejo os montes altos que tentam a todo o custo, todas as manhas, reter, enquanto podem, o sol que não pede licença para entrar, as colinas que no Inverno se cobrem de neve, as arvores que no Outono deixam suas folhas, os caçadores que no verão buscam, entre toda a vegetação, as suas presas, as flores que na primavera abrem-se ao sabor do vento, vestem-se vaidosas só para cativar o olhar de quem passa, ou simplesmente para garantir que são vistas e não são calcadas. E ao fim da tarde, do outro lado da casa, numa varanda mais escura mas mais aconchegada, vejo o pôr-do-sol que desce sobre a cidade, as pessoas que regressam cansadas a suas casas, o ar sujo que pinta de cores maravilhosas o céu, os vidros que reflectem em mil direcções as últimas gotas de luz.
Em minha casa tenho a varanda dos sonhos, dos projectos, do desejo de viver com muita naturalidade. Sem pressas, sem construções fortes, mas com abrigos amorosos que se confundem com tudo. É uma varanda que adoro e que no fundo não me pertence, é mais um prolongamento de algo mais. Nesta não tenho cadeiras nem sitio onde repousar, apenas um espaço amplo onde posso correr saltar, sentir-me de facto cheio de vida, livre, unido a tudo o que me rodeia. Aqui há luz, há vida, há força, há beleza.
Tenho também uma outra varanda que, para mim, é especial e única. Aqui tenho um bom sofá, grandes cortinados, enfim um ambiente terno e doce. Aqui passo muitas horas da minha vida… A sentir, a recordar, a reviver ou melhor, a viver tudo de uma forma diferente. Quando entro neste meu pequeno átrio o meu relógio para, entro apenas eu. E comigo entra apenas quem eu quiser e aquilo que eu, depois de lá estar, for buscar. Aqui a luz é reduzida, tenho dificuldade, em certos dias, em ver-me a mim próprio. Mas amo este espaço que parece pequeno da minha casa. É bom sentir que temos espaços na nossa casa onde viver e descansar, onde sonhar e reflectir, onde amar e ser amado…
Já sabes, quando quiseres fazer uma casa, diz ao arquitecto para ter isso em conta. É importante para que te sintas bem, no fundo, para que te sintas, de facto, em casa.

10 de julho de 2007

oLhaR dE etErniDade!



Saio de casa apressado
Sim... novamente atrasado.

Mas hoje sentia, em mim, algo de diferente
Uma inquietação? Um conforto? Um carinho? Uma preocupação?
Talvez tudo isso.
Mas era diferente... Era especial...

Decidi parar dentro de mim enquanto caminhava...
Olhava... Sentia... continuava quase a correr...

Parei completamente e vivi:

«Perante qualquer sentimento
Vem o Silêncio, Rompe um olhar
Sessam as palavras,
O tempo!? levamos para o esquecimento!

Tudo pára lá fora
Enquanto corremos dentro de nós
Muito embora
Saibamos que não estamos sós!

Silêncio... Vamos outra vez...

Vamos novamente passear alegres pelos doces campos verdes
Vamos sem parar... colher flores e oferecer
Vamos perdidos... sentir o vento, a erva que nos acolhe
Vamos sem desanimar... sorrir e calar
Vamos pintar o céu de mãos dadas
Com sonhos, silêncios, sorrisos, brilhos...

Silêncio... Vamos outra vez...

Olhar-nos fixamente
Em breves segundos sentir toda a eternidade que passamos juntos.»

Cruzamo-nos na passadeira... Olhamo-nos...
Continuamos cada um o seu caminho...
Mas valeu a pena sentir a eternidade em cada passo que nos aproximou e nos foi separando...

Estou cansado... talvez amanhã nos vejamos novamente...
Aonde será a próxima ida?

9 de julho de 2007

heRói!? pOdeS SeR um hEróI!!!

«Gostava de poder ser um herói… No fundo sei que o sou… Um herói feito de grandes sonhos, de infinitas esperanças, de algumas e pequenas conquistas.
Os medos, as dores e as opressões nada valem comparados à gloriosa alegria de quem fiz feliz. Rostos de esperança esperam algo: alguém que liberte, que seja o seu herói… Esse não sou eu, mas é o Eu mais profundo de cada um… Todos o desejam, esperam que um dia apareça, que vença e que triunfe…

Não serei eu…
Um pequeno herói é proclamado, um pequeno herói deseja impor-se. Precisa de desafios, de obstáculos que o façam emergir!»

8 de julho de 2007

A gRaTuiTIdAdE dO oBriGaDo


2ª Teoria do Charneca

As aventuras do «Charneca» são interessantes o suficiente para deixarem qualquer um a pensar… Dizem… Ele “raciocina de forma diferente”.
Desta vês é sábado e é ele a comprar o jornal lá para casa, quem diz jornais diz também a sua Super Interessante, que mensalmente lhe alimenta o “cientista louco” que há nele.
Sai de casa, desce as escadas, fecha a porta do prédio, espreguiça-se, coloca as mãos no bolso… enfim, um exercício matinal que já é hábito; tão hábito que o senhor do quiosque (o Sr. Rogério) já tem preparado para ele toda a mercadoria. Mas… Quem lá está? A sua miúda, dito na linguagem da gíria. É Clarinha!
Enquanto se aproxima, repara que ela esboça um sorriso logo depois de pagar a revista que comprou. Era um obrigado manifestado com ternura e profunda gratidão. E ao que parece o Gustavo nunca tinha pensado no valor daquele obrigado… um sorriso que provocava no receptor um também.
- Aquela manifestação de afecto que ela manifestou ao senhor do quiosque – pensa para si – é o gesto mais gratuito que há. Não tem qualquer preço, porque o sorriso de um obrigado ultrapassa qualquer tesouro e é compreendido em qualquer parte do mundo.
De repente, também ele é apanhado por esse sorriso… do qual o seu «olá, bom dia Clarinha!» é infinitamente inferior.

… [de novo reticências]

Ao voltar a casa, que coisa… parece que tem andado distraído estes anos todos sem reparar nos “smile’s” das pessoas ao agradecerem. É que ninguém lhes paga para fazerem esse ritual. E é uma sensação deveras reconfortante. Desembrutece os nossos sentimentos e elimina rostos carrancudos ou simplesmente cansados do mesmo gesto de cada dia.
À medida que ia pensando nessa questão, chega a casa, coloca o jornal na mesa à frente do sofá da sala, onde o pai dentro de 15 minutos o vai folhear. E conclui:
- É um tesouro que não pertence ao gananciosos. Pois só faz sentido quando ele é dirigido a alguém. Tem de ser para os outros. O sorriso não fica aprisionado na caixinha dos sentimentos, mas dá-se incondicionalmente.
Para um dia de sábado já não é pouco!!!

6 de julho de 2007

EstRAnhos coMo eU…

A propósito do post "TarZan..", aqui fica a transcrição de uma das músicas do filme.
É impressionante o que um poema pode dizer! É impressionante o que a música pode fazer a um poema!

Vou ser como tu, tal como tu.
Vou ver tudo, diz lá como é.
Tudo isto é novo,
sem sentido para mim.

Sei que há tanto para aprender.
Está tudo aqui mas onde está?
Ah, é assim que eu sou para os outros.
Agora sei que há mais do que eu pensava.

Vá diz-me lá. Vem mostrar-me.
Vou saber tudo destes estranhos como eu.
Diz-me mais, mais coisas.
Eu vou jurar que têm algo de meu.

Cada gesto, qualquer coisa que faz,
faz-me ver o que eu nunca vi.
Não sei o que é,
esta vontade de estar com ela.

Emoções novas, talvez para mim.
De um mundo diferente, para lá daqui.
Além do sol, um outro céu.
Sei que existe um novo mundo.

Vem comigo ver como é.
O meu mundo é bom demais.
Sente salvo o bom em ti.
Como eu senti.

Dá-me a mão, tenho um mundo para aprender…

Vá diz-me lá...

5 de julho de 2007

TarZan..


Bem, já que estamos numa de pensar sobre a amizade, a primeira história daquelas que vos prometera tratar em “voLtem A conTaR_Me as HISTórias dE PUTo! pff...” será a de Tarzan ..

Todos conhecemos, sem dúvida, o menino que perdeu os seus pais num naufrágio, ao largo da costa africana, que foi salvo e criado na selva por macacos mangani, e que, muito tempo depois, se apaixonou pela jovem Jane, vendo-se, então, obrigado a escolher entre as suas raízes (o seu mundo) e a sua natureza humana (o seu amor por Jane).
Esta história dele derreteu o coração de toda a gente, sobretudo após o filme animado da Walt Disney, e a
razão do sucesso desta história deve-se ao facto, muito simples, de ela tocar um ponto fundamental da dimensão humana do homem: a dimensão comunitária/social.

Nós somos seres um bocadinho estranhos! Por um lado somos um “eu”, bichinho egoísta que procura sobretudo a sua própria satisfação. Por outro lado somos um “nós”, bichinho que é fruto do contacto com os outros homens que o envolvem, e sem os quais jamais se realiza. Nós somos algo de novo, mas feitos de “bocadinhos” de outros homens. Bocadinhos de tal forma essenciais para nós que sofremos bastante, ou rejubilamos, com a dor, ou com a ventura, dos homens de cujos bocadinhos somos feitos.
O homem nasce com as características físicas de homem, mas não é homem sem se humanizar no meio do contacto com os outros homens, sem ser acolhido e reconhecido por eles. Tarzan encarna o homem que não teve direito a esse contacto com os da sua espécie, e que, por tanto, não se pôde humanizar. Jane encarna a figura da comunidade que introduz o homem nas estruturas de significado próprias do homem, que lhe dá os instrumentos necessários à descoberta das suas capacidades como ser humano, e que o completa, na sua necessidade de afecto e amor.


Isto vê-se bem quando a Jane e o professor Porter mostram a Tarzan a projecção de imagens aparentemente banais (uma bicicleta, um ramo de flores, um homem a dançar, uma casa de pedra, …) abrindo-lhe de repente um mundo completamente novo e infinito.
Assim se passa também entre nós. Nós somos homens de corpo, mas somos ensinados a ser homens de espírito. Se não ensinarmos as nossas crianças a ler, por exemplo, elas jamais serão capazes de penetrar no mundo infinito dos livros e dos seus saberes; se não ensinarmos as nossa crianças a amar, elas jamais serão capazes de viver num mundo de paz e amor, porque não o conhecem, porque não o podem entender.

Em pequenino, com Tarzan, eu aprendi filosofia, mesmo que inconscientemente. Aprendi que não me bastam os mangani mas que preciso de uma Jane.
Os desenhos animados têm a grande vantagem de, cativando o interesse e a atenção das crianças, educar e enriquecer. Já com os “Morangos com Açúcar”, ou os outros de que falei, o que é que se aprende exactamente?... Filosofia não é de certeza. Matemática, ou outra ciência, também não me parece que seja... portanto, isso não educa, entretém.

Ora, Tarzan também estava entretido entre os mangani, mas…

4 de julho de 2007

VidA e AmIzaDE


Quem não tem tempo para os amigos, não merece ter Amigos!
Se o tempo é vida o que é uma vida sem amigos?
E que são os amigos se não aqueles com quem vivemos e partilhamos o nosso tempo!?
Se podemos imaginar uma noite sem estrelas, ainda que seja dificil,
Não podemos conceber uma vida sem amigos!
Se é vida tem de ser parrtilhada...
Se é partilha tem de ser comunicada...
Se é comunicada tem de ser uma relação...
E o que é a amizade se não uma relação, uma partinha e uma comunhão de vida?
A amizade é uma dar recebendo e um guardar partilhando!
Só assim é amizade, só assim há vida...
Se a vida não for isto não sei qual o seu sentido...

Se a vida não for isto prefiro morrer!

3 de julho de 2007

peNsaMeNto


«Procura no dar
A alegria do Receber!...»

[O Silêncio é melhor
Que palavras ocas
Que se perdem - loucas
Na imensidão da noite.
Voltemos às palavras sentidas
Aos gestos consentidos.

Sintamos
O Silêncio
Que nos percorre
As palavras
Que nos envolvem!]


2 de julho de 2007

ConVicções _ PoRquê CamuFlá-las?

As nossas convicções nem sempre produzem o efeito positivo que podiam e deviam produzir. Passo a explicar. Desde que nos propomos a emitir uma verdade de acordo com as nossas convicções damos e ficamos com a impressão de estarmos ser retóricos. Como é que hoje não poucas verdades, proferidas que sejam, por vezes, em tom patético, imediatamente ganham aspectos retóricos? Porque é que cada vez há mais a necessidade, quando pretendemos dizer a verdade, de recorrer ao humor, à ironia, à sátira? Porquê adoçar a verdade como se de uma comida amarga se tratasse? Numa palavra, porquê um certo ar de astuciosa condescendência? O homem de bem não tem de envergonhar-se das suas convicções, mesmo que estas se manifestem sob a forma de retórica, sobretudo se está certo delas.
Com isto não pretendo desvalorizar o humor, a sátira, a ironia, mas, pelo contrário, pretendo chamar a atenção para a necessidade de se valorizar a verdade, tal qual ela é, e as nossas convicções positivas que podem contribuir para melhorar o mundo que, sem dúvida, anda maluco. Pretendo ainda, modestamente, enaltecer este blog e quem nele trabalha, bem como todos aqueles que cá deixam comentários, porque, sem medo e sem camuflagens, expressam as suas convicções.

1 de julho de 2007

ai E taL... tAs cOm CEnas?! [1ª paRTe TaLveZ]

Quando nos encontramos com alguém que mal ou não conhecemos, nos momentos inicias, sentimos uma sensação estranha, inquietante e deliciosa, perturbadora e reconfortante, fruto do impasse que se cria. É algo muito interessante. Ambos queremos dizer qualquer coisa, e temos muito para dizer, mas é difícil começar.
Mais que o simples desejo de quebrar o silêncio, [inquietante porque não se conhece nada, absurdo por ser difícil partilhar, prejudicial por não permitir a comunhão], está um desejo muito íntimo de conhecer e sobretudo de se dar a conhecer. Não será por acaso que no primeiro encontro, antes da outra pessoa nos conhecer, vestimo-nos bem, escolhemos um bom perfume (aquele que usamos em momentos especiais) para sermos aquilo que somos quando nos empenhamos em ser verdadeiramente quem somos (desculpa as voltas na linguagem, mas percebes…). Queremos dar-nos a conhecer (temos essa necessidade), e quando o fazemos, procuramos dar um bilhete de identidade perfeito de nós mesmo: é normal e bom que isso aconteça.
É este desejo, de nos darmos a conhecer, que possibilita um outro, o de querermos conhecer. Damos a conhecer aquilo que amamos, nós mesmos, para que essa pessoa ame e para amarmos aquilo que ela oferece ao dar-se a conhecer.
Quanto mais queremos dar-nos a conhecer, mais seremos amados, e porque o Amor é uma relação, mais amaremos!
Só assim há Verdade, só assim há verdadeira Humanidade!
[…]

coNtrAdiçÕes

Acredita
Sente
Não penses.
Aceita
Faz
Não fales.
No Amor
A Paz
O Silêncio
O Bem
Não fales
Não penses.
[É]
Ainda que isso implique pensar
Ainda que exija falar!