28 de maio de 2007

UMa BurRa_FeLiz


Um dia, perguntaram à Madre Teresa de Calcutá o que sentia quando a aplaudiam, nas salas nobres das grandes universidades, nos lugares sagrados das grandes religiões, nos espaços famosos das grandes instituições.
Que acham que respondeu? Pergunta matreira, esta, não é? Tal como aquela que fizeram um dia a Jesus; pagamos ou não os impostos aos Romanos? (
«Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.» - cf. Mt 12, 13 - 16)
A Pobre Santa encontrava-se, aos nossos olhos, num dilema…

Se dissesse que não sentia nada seria tomada como insensível, provavelmente acusada de ter um coração de pedra, indigna merecedora da admiração do Mundo. Se, por outro lado, dissesse que ficava lisonjeada, uma ponta de orgulho poder-se-ia vislumbrar, supor, pelo menos. Talvez não fosse assim tão santa, diriam…
Ela, contudo, não demorou a responder, como era seu costume. - Fico contentíssima! - disse.
Enquanto recebia todos os aplausos, ela pesava em Jesus. Pensava na cena do Dia de Ramos que precedeu a festa da Páscoa. Pensava no seu Mestre, entrando na cidade de Jerusalém, sentado num pequeno burrinho, sendo aclamado por toda a multidão.
Ela, claro, era o burrinho.
Um burrinho feliz!

[fonte: LEMOS, Nuno Tovar de - O Príncipe e a Lavandeira. 5ª ed.]

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu não sou muito católico, nao ligo muito à Igreja, contudo o exemplo da Madre Teresa sempre me fez questionar... Enquanto se valoriza o homem pela sua força e pela sua capacidade ou tentativa de se colocar ao nivel de Deus, ela diz que o homem é grande quando reconhece, de facto, a grandeza de Deus.
É dificil ligar a humildade e a pequenez à glória e ao triunfo!

Bom Blog. Parabens a todos

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