29 de maio de 2007

aMigOs, amIGos... neGócioS À paRtE?!...

Diga-se, em boa verdade, que a sabedoria popular tem muito a dizer àqueles que preconceituosamente a enxotam e lhe recusam qualquer valor!... Lembram-se? Vox populi, vox Dei... Mas não sejamos acríticos. Também se engana! Olhe-se para a concepção de amizade que aquele pequeno adágio transporta consigo... Mais grave ainda, olhe-se para a prática de amizade de que é reflexo! Felizmente, não é a única; mas parece-me a mais generalizada...
Com isto, quero alertar sobretudo para o uso corrente da palavra "amigo", ao que parece, demasidamente vulgarizada e pouco fiel ao que a amizade verdadeiramente é. "Ah! Eu tenho amigos aqui e acolá!" Enfim... "conhecidos", gritar-lhe-ia!
A amizade não é senão um nome do amor, um dos seus ramos, uma das suas vias de concretização. É um modo concreto de amar, de se auto-implicar na relação do "eu" com um "tu"; aliás, com o "tu", porque, na verdadeira amizade (e realmente não há outra... pois se não é verdadeira, não é, simplesmente!) aquele "tu" não só é muito concreto, como é de sobremaneira especial! Sim, a amizade tem destas coisas... É séria, não pode deixar prevalecer a passividade!
"Pois - deves estar a pensar -, este deve ser perfeito a vivê-la!" Não sou! É verdade. Mas pensei sobre isto... e percebi que a amizade é muito mais digna do que eu jamais teria imaginado! Está nas minhas e nas tuas mãos começar a dar a volta a isto!!... O copo enche-se com gotas...

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