22 de novembro de 2009

nataL dE NoveMbro...

Sento-me, enfadado, na esplanada de um café,
Virado para as ruas agitadas da cidade.
Olho volta vejo a multidão atarefada,
Passeando os sacos com as compras de natal.
Mas sinto à minha volta um mundo frio,
Que já não sabe que Cristo nasceu.

Chega o empregado e sorri-me um 'olá',
Num sutaque educado, elegante e acolhedor.
Muito atencioso toma nota do pedido,
E deixa a cada passo um comentário promissor.
Mas sinto em sua voz o fino e frio fio,
De quem não sabe que Cristo nasceu!

Pergunto-lhe assustado: 'não conhece um nazareno,
que veio há dois mil anos e se entre gou por nós?
Numa prova de amor que terminou em sofrimento,
Que nos mostrou que era o verdadeiro redentor.'
Mas vejo no seu rosto a face fria,
De quem não sabe que Cristo nasceu.

Triste.

Acordo! assustado. estivera a sonhar.
Tenho o rosto molhado, o coração a chorar.
Como pôde o mundo esquecer a tua mensagem,
O teu exemplo?
E como pode o mundo ignorar o teu apelo,
A tua vida?

Triste.

E então sinto em mim crescer uma vontade de anunciar:
Que só é natal, porque tu estás entre nós!
- Só é natal porque tu estás entre nós!
Que só é natal porque tu estás entre nós!
- Só é natal porque tu estás entre nós!
Tu estás entre nós!

1 comentário:

Manel disse...

Este texto já é antigo, mas parece-me que a cada ano se torna mais actual, infelizmente.
Agora já se metem luzes nas ruas no fim de Outubro, vejam lá; mas as luzes de dentro, essas, como não estão à conta da Câmara Municipal, acendem-se cada vez mais tarde.
'Uns' dizem que aculpa é dos 'outros', que as luzes de fora ofuscam as de dentro e que o natal passou para a rua. Os 'outros' dizem que as culpas são dos 'uns', que não têm nada que ver com isso, que cada um que se arranje no meio da festa de todos.
Enfim, espro que mesmo assim sobrevivamos! Pois uma coisa é certa, não há Natal sem Cristo, nem Cristo sem ti.

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